domingo, 12 de junho de 2011

Tempo,vou te fazer um pedido

Céu sem estrela e coração na mão. Meu andar descompassado no meio de toda essa gente que me olhava sem entender o que se passava. Olhares que dizem: nada é atemporal. Eu estava ali, imóvel. Céu sem estrelas e coração na mão, cansado e obsoleto. Velho como o olhar de um homem que me olhava piedosamente: cabelos brancos e olhos vidros, que permitia que observasse melhor, o que ninguém vê. De tanto observar meus olhos inundados de mágoa e de tudo que poderia ser triste, ele enxergava o meu íntimo, cheio de marcas. Eu queria que ele se levantasse da cadeira em que se sentava, viesse até mim e me disesse tudo que me salvasse desse padecer que me matava naquela noite, e em outros dias . Noite fria e poesia. Vontade de fugir, levando tudo o que restou de mim, ou talvez deixar tudo por aqui. Gostaria de ficar com a doçura que ainda me resta. Deixando todo o resto para trás, tudo o que não é, de fato. Que apareçam flores no meu caminho e muito amor. Amor pelo recomeço, e por todas as alegrias que estão por vir.      

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